saudades marinheiras







do mênstruo rastejante há quem se reduza
ao cinismo da cegueira ou na
mesma afie facas .prontos a abocanhar o
soldo
cedem os lenhos nas alçadas dos mastros
e os marinheiros
soltos de alto
vergam-se ao olhar do mestre que no vento
lhes aliena o ralho e o ágio .algas
saudosas prendem-se à proa dos barcos e
ao leme
o marinheiro imprime uma cicatriz de cinza
ao marulho do mar .confortos de outros
portos .ou talvez não .antes moradas de
aguadas que os anos rasaram e os corpos
adiaram em implantes e memórias






vladimir dranitsin