pérfidos peregrinos de coisa alguma







e é neste conflituar de afastamentos
que me demoro além das sombras
perto do re.negar o nome .do branquear a
morte .do respingar o vazio .raso - desejam
os inquilinos dos sonhos – pérfido – os da
terra vassalos .havidos num derramamento
assistido pela incúria
dos viajantes do tempo
somos não mais do que passantes num
lacrimejar o pão
.vendemo-nos por um atulhar de bens e
curvamo-nos
cúmplices ao indizível
obliterando que o longe
mora tão perto de um morto abraçado ao
nosso corpo porque senhores de nós
prendemo-nos ao vernáculo
intemporal
de uma mão cheia de nada
outra de coisa nenhuma








vladimir dranitsin