à proa de um barco imaginário







deambulei ao ritmo alucinante do
vazio à proa de um barco cujo arpoar
me é chegada em tarde plúmbea
.vaticinei fluentes e derrames
ao capricho de um brincar
ao esconde-esconde que ora acolhe
ora rejeita em jogo de resguardos
certa que é na alquimia dos sobressaltos
que me deixo afrontar pelo levante de
ramos e remos cuspidos pela tormenta
.náufragos de um des.fazer cegueiras
assentamo-los mar-adentro
enquanto mar-afora a destruição
arvora gargantas onde a angústia arroja






william blake richmond